quarta-feira, 28 de março de 2012

Sereno, mais um coração vazio

Pessoas... Seres estranhos esses.
Elas vão e vem e não nos damos conta. Passam em nossa frente o tempo todo. Mas nós, pessoas singulares não reparamos, na multidão, as outras pessoas, tão singulares quanto nós mesmo.
Algumas percebemos, elegemos como privilegiados da nossa (ínfima) atenção. E com qual autoridade selecionamos esse pequeno grande repertório? Nenhuma, julgo eu.

Todavia, um ato tão meticuloso, como o de escolher alguém, requer tanto cuidado, tanta preocupação que às vezes não sei se tenho os requisitos necessários, e se tenho, indago se são suficientes. Com certos indivíduos me entrego tanto, faço tudo que posso e muitas vezes o que não posso, contudo, tento até que a ultima lagrima se escorra e me reste a agonia profunda da incapacidade de tê-lo feito.
Já com outras, tento fingir ao máximo não me importar.

As pessoas vão e vem... Algumas vão e não vem, algumas surgem de outrem.
Por hora digo que cheguei, não sei de onde, tampouco para onde irei. Mas vos digo eloquentemente (mentido na mais clássica retórica) que cansei.


(cansei de sofrer tanto e manter uma angustia inexplicável e indiscritível)

segunda-feira, 26 de março de 2012

"it's fun to lose and to pretend"

Chegamos para o churrasco dentro do nível considerado normal e padrão de atraso da minha mãe. A minha picanha bem passada estava saindo já e todos até estranharam nossa pontualidade daquele dia [mesmo estando atrasadas]... dei um oi geral para todos, cumprimentei um ou dois formalmente, minha mãe fez o mesmo.
- Oi- cheguei por trás e dei-lhe um beijo em cima da cabeça.
- Olá- respondeu até que com bom ânimo.

Sentei distante, um pouco por ter poucas opções de lugares vazios e prontos para serem ocupados e um pouco pela minha indisponibilidade de falar com alguém. Embora gostasse muito das pessoas que ali estavam, aquela cena em particular não era de meu agrado. Sentei por alguns minutos ali, tentando não encarar nada... Percebendo a impossibilidade de fazê-lo resolvi subir e preparar caipirinha de kiwi... Tentei não demonstrar, mas meu olhar de raiva era perceptível caso o notassem.
Não o fizeram.

Fiz a caipirinha, desci e como de costume dei para alguém provar, como se obrigasse a pessoa a dizer que estava boa, mas de fato estava.
Voltei ao mesmo lugar e sentei novamente. Mexia em vão no celular, a fim de disfarçar aquela coisa ruim que sentia e ainda não sabia nomeá-la.
- Senhorita, sua picanha bem passada... - disse alegre, ele era contra fazer picanha bem passada, mas abria uma exceção para mim
- eeeeee, obrigadaa! - falei rindo enquanto já pegava uma da tábua.

Comi aqueles pedaços que coloquei no prato, coloquei-o sobre a mesa e me levantei para pegar um pedaço de pão. Nossas mãos se trombaram e eu logo evitei. Hesitei em pegar o pão, mas voltei a ideia original, para não dar a entender nenhuma desavença. Voltei para o meu lugar.

Ali fiquei com um tempo, conversei com algumas pessoas que chegavam do lado, às vezes nossos olhares se encontravam e eu logo arrumava um jeito de desencontrá-los. Minha inquietação ficava mais visível e não fazia nem uma hora que havíamos chego lá.
Notei o copo de caipirinha se esvaziar. Peguei-o e subi. No único intuito de sair dali. Deixei o copo sobre a pia e fui ao banheiro.
Lavei a mão e abri a porta. E me surpreendo com a pergunta:

- O que tá acontecendo? - perguntou com tom seco
- Nada.. - tentei desviar o foco.
- Aham... Fala, que que aconteceu?- insistiu
- O que quer que eu faça? Sente no meio dos dois e fique falando contigo? - perdia a paciência mas falava baixo- Ah, super!
- Por que não?
- ? Porque não rola, não consigo...
- Qual é o problema? Você disse que estava feliz por mim, não disse?
- Estou.. estava.. sei lá, quer que eu diga o que? "estou feliz, mas me irrita o fato de você estar com alguem"?- havia me exaltado um pouco - não, não posso dizer isso.
- Ahh.. sem crise de ciuminho vai.. - diz com aquele olhar típico que só eu noto. [eu odiava aquele olhar]
- Exatamente. - Disse seca, tentando sair e voltar para cozinha.
- Marília, pára com isso vai.
- Não comecei nada, não me peça para parar.
Segurou-me com o corpo, impedindo a passagem. Aaaaah, por que faz isso comigo, por quê?
Num ato razoavelmente violento, levei-nos para o banheiro, coloquei seu corpo contra a parede e falei com raiva e agoniada:
- Você... você sabe que eu gosto pra caralho de você. Sabe que essa história toda fodeu com tudo e ainda me pergunta o que está acontecendo! Pára mano, acorda! Tu só vai se machucar e... vou ficar preocupada contigo, daí você vai sumir.. como sempre faz.. e eu vou ficar mais preoc..
- Marília, pára! Eu sei me cuidar.
- Aham, eu tambem! Me tranco em casa, não como direito, sumo e não dou sinal da minha existência... sim, você super sabe se cuidar.
Fitava-me de um jeito negativo enquanto eu contrapunha sua opinião.
- Não fique preocupada oras.. Eu já sou bem...
- Não tem como ficar de boa- falei interrompendo- você... você escutou o que eu falei? - Perguntei indignada.
Não disse nada nos próximos segundos
- Não, não responde.. deixa pra lá...- tentei evitar qualquer decepção- Só me diz uma coisa... - hesitava- nunca... nunca passou nada... pela sua cabeça... nada, sobre.. sobre a gente?
Olhou para baixo e permaneceu em silêncio.
- Ótima resposta! - Saí do banheiro irritada, dando-lhe as costas.

Aquilo... Aquela situação me matava, embrulhava o estômago, reproduzia seu silêncio na minha cabeça... A vodka caiu mais que 6 segundos no copo, deve ter atingido uns 11. Quando me dei conta era tarde. Amassava o limão no copo com ódio estocado. Coloquei mais gelo para diluir um pouco e compensar a dosagem maior de álcool.
Foda-se, pensei deixando o copo novamente.
Voltei no banheiro e ainda estava lá.

- Esquece isso... Vai lá e seja feliz, agora todo mundo já sabe de qualquer forma. - falei seca, como que dissesse: "saia da minha vida para que eu possa te esquecer". Mas sabia que no fundo o que eu mais queria era o oposto disso...


terça-feira, 20 de março de 2012

shadow


"you have broke me all the way down"
Às vezes penso que estou bem, que tudo passou e já não sinto mais nada. Tento me enganar de dia, mas a noite não consigo. "É tranqüilamente fácil se mostrar forte durante o dia, mas a noite é outra coisa". Quando está escuro e silencioso, quando meus pensamentos tornam-se mais audíveis, eminentes e surpreendentemente poderosos percebo a dificuldade em dizer "passou".
Posso imaginar tantas coisas, tantas possibilidades, contudo, o que me é mais provável, é você me dizendo não em todas as estâncias que se conhece e de todas as maneiras existentes de se negar alguém. É um ato bem masoquista, admito, mas é o único modo de te manter presente, tendo em vista que temos pouquíssimas lembranças significativas e boas.
Sempre foi tão difícil nossa convivência, nossa amizade foi tão forjada quanto o choro de um comediante. Você me usava quando lhe convinha, ao passo que eu me permitia, por gostar tanto de ti.
Apesar de toda negação, indiferença e descaso, você me acompanha como uma sombra, da qual não consigo me livrar, sinto como se fosse a minha própria projeção. Sinto você me raptando de mim, sem, ao menos, prover de correntes e tampouco de vontade.
É algo tão triste, digo, ter alguém assim... aprisionado, e menosprezar tanto seus sentimentos. É tão mesquinho e egoísta. É como se você possuísse uma serva (eu) e me cercasse de correntes no coração, de pouco em pouco a puxasse, a fim de dominar o coração como um cão medroso. Medroso, mas que não lhe contraria a vontade nunca, por não pensar e não saber o quão errado isso é.
O problema é que eu penso, sei que existo e que me maltratas injustamente. Porém, não consigo morde-lhe a mão num ato de protesto como quem grita "basta".
You got me, every single part of my body, my thoughts... You got me in a bad way.. I'm not useful but you have me entirely. However you don't even care if I'm here no matter what, you didn't care, you don't and certainly won't.
Goodbye, ma petite.
"você sou eu que me vou no sumidouro do espelho"

sexta-feira, 16 de março de 2012

saudade.

Às vezes a saudade é tanta, mas tanta que não consigo dizer ao menos o que sinto vontade. Não consigo, tampouco, dar um abraço forte e expressar o quão sofrido é ficar longe.
Às vezes a saudade é tanta, mas tanta que fico distante e irritada, quando gostaria de estar perto e menos triste.
Poderia ser mais fácil se tirasse-me o orgulho. Poderia ser mais fácil...

A mudança me estranha, deixa-me só de um jeito pouco agradável. As coisas daqui são estranhas, as pessoas, a vida em si é algo tão diferente e desgastante [emocionalmente falando]. Tudo é alheio a mim e eu sou uma verdadeira eremita que saíra de sua caverna há pouco mais de algumas horas.
Sinto aquela angústia e agonia baterem cada vez mais persistente. Quase como se não fosse conseguir. Sinto uma tristeza que perpassa o corpo e a mente. Quase como se não fosse se exaurir nunca.

Agonia que o coração não suporta, angústia que suspiros não vencem. Tristeza que risada não repara. Sinto agora meus olhos perdendo o brilho, ao passo que se enchem de lágrimas.

Por que é tão dificil? Bastava dizer "estou com saudade"...

sábado, 10 de março de 2012

Meias.

Meias. São tão macias e aconchegantes, mantem nossos pés seguros e quentinhos.
Meias. Para andar dentro de casa nos dias de inverno, usar pantufa com pijamas de flanela. Quero o inverno logo, sentir aquele frio sendo esquentado pelas roupas fofas de ficar em casa. Fazer aquele chocolate quente convidativo e aquecer as mãos colocando-as bem em volta da caneca.
Meias que deixam os pés confortáveis e dependendo do piso nos deixam brincar de escorregar. Meias que fazem de nossos pés fantoches para brincarmos em frente a tv, aproveitando o escuro do cômodo e o clarão da tv, brincamos com os pés como se estivessem eles mesmos ali dentro, emitindo uma história.
Gosto das meias coloridas, daquelas de estampa de vovô, das brancas que vão até o calcanhar, da minha preta com bolinhas brancas de dedinhos, gosto de usar meus tênis pretos com meias brancas, acho engraçado.
Gosto daquelas meias que já estão velhas e ficam macias e gostosas, isso acontece com pijama tambem. Desgastados são tão mais legais. Gosto tambem das meias anti derrapante... Que tem aqueles trequinhos embaixo, que calçamos como uma sapatilha. Gosto da minha de joaninha, que separa o dedão dos outros dedos, como um chinelo.
Gosto de vê-las estendidas no varal, mas não gosto quando saem da máquina de secar e tenho que enrolá-las, ainda quentinhas, costumam desfiar minhas unhas. Mas gosto de colocá-las na mão e brincar de crocodilo, ou algo assim... cachorro talvez, ou um fantoche.
Meias para escolher nas lojas [que compramos meias], sento no chão e fico escolhendo, a cor, o modelo, a costura [que tem que ser em cima dos dedos, senão me dá alergia], a embalagem.
Moi gosta de meias.

quinta-feira, 8 de março de 2012

prejudice

Como dói. Como dói ouvir ofensas de pessoas [teoricamente] queridas. Ouvi-las dizer coisas absurdas e preconceituosas. Ver uma criança, que deveria ser ingênua e aberta, dizer que sente nojo de homossexuais. Ver um adulto, que deveria ser instruído, dizer frases e frases racistas e desumanas.
Como me dói passar por isso tudo de novo, sendo dessa vez um pouco diferente, sinto-me completamente incapaz de me defender, frágil ao ponto de ouvir, abaixar a cabeça, terminar de comer, levantar e voltar para o quarto. Afinal, o que poderia fazer? Falar? Com certos tipos de pessoas isso não adianta, o preconceito já se impregnou nelas e não sairá, com nada.
É algo tão triste, perverso e sem fundamento... Digo, qual o motivo de atacarem tanto se não estão sendo, reciprocamente, atacados? Por que agem com tamanho ódio? Por que não vivem suas vidas e deixem que os outros vivam as suas e sejam igualmente felizes? Podem me dizer que sentem medo e ameaça eminente, mas do que? DO QUÊ? Será que não percebem que os únicos que tentam impor algo são eles?
Queria entender, o que se passa nessas mentes para tratar o diferente como doente e aberração. Queria entender para conseguir combater e erradicar. Como podemos viver num mundo tão perverso e hipócrita? Que o padre missionário na África, é o mesmo que condena as pessoas homossexuais. O juiz que condena por racismo, é o mesmo que abomina casamentos gays. O jovem que estuda para ser médico é o mesmo que bate em negros. A religiosa que vai à igreja todos os [malditos] sábados, é a mesma que julga todo o resto do mundo um pouco mais crítico que ela.
Como pode ser tão contrário? Devo pensar que todas as ações em prol da humanidade provém de meras e medíocres caridades? Devo entender a disposição [forçada] como garantia de "ir para o céu"? E me convencer que vivemos numa moralidade? Afinal, qual a dificuldade em ser ético? Não vejo motivo para ter esse moralismo todo, sendo que a ética seria uns degraus a mais...
O mais engraçado é que elas acham que realmente estão certas, que os gays, ateus, negros, simpatizantes, agnósticos, céticos, usuários de [qualquer tipo de] droga, ou um pouco diferente daquilo que o seu mundinho fornece, todos esses vão para o inferno.

Sinto desapontá-los, mas "a religião é sua, a fé é sua, quem peca é você e quem vai para o inferno é você". Então por favor, parem de sujar o avanço que tivemos, parem de denegrir a imagem da humanidade, parem com essa vontade louca de extermínio, porque, sinceramente, o complexo de inferioridade de vocês é tão, tão alto que precisam matar 90% do mundo para se sentirem fortes e poderosos. E isso, é simplesmente ridículo e patético.

sábado, 3 de março de 2012

you, always been you.

O engraçado em sentir saudade, é que procuramos tudo o que costumávamos ouvir, ver, sentir... E ao encontrar percebemos o quão forte foi o sentimento, o quão incondicional e idolatrado foi. Quantas lembranças deixou e o quanto significou.

Mais engraçado ainda é que eu tinha só 10 anos. Eventualmente eu te conheceria, mas aconteceu de ser aquele dia... dia 6 de maio de 2004, o Luiz Melodia tinha tocado no sesc naquela noite, e depois, como de costume, íamos para o templo jantar...
E lá estava você. Tocando naquele palco, onde mais para frente eu daria minha primeira canja.
Você tinha dreads, era toda alternativa e tinha algo que não sei explicar o que era, carisma não basta para descrever.. Lembro que saíra triste do sesc, porque ele não quis me dar um autógrafo, nem a mim nem a ninguém. E quando chegamos no templo vi você, a tristeza passou... E no intervalo, não sei porque, tampouco como nos falamos aquele dia, mas lembro que pedi um autógrafo pra você, e o escreveu num daqueles papéis de comanda do templo: "Marília, seu sorriso é uma coisa linda. Um beijo de luz." ass.
E eu coloquei esse papel na capa do cd do Luiz Melodia..
E depois disso, não conseguia imaginar mais uma vida sem saber que você existia..

Foi algo tão profundo, tão... indescritível, que agora me pego vendo vídeos no youtube e lembro de tudo isso... e penso que "a primeira paixão platônica nunca acaba", tudo é tão mágico para você e tão místico que encanta...
Que ME encanta, eu.. alguem que sempre esconde qualquer sentimento, que tenta ser indiferente... Mas contigo não funciona.
Eu lembro de comentários de amigos em comum, do tipo: "nossa, o jeito como você olhava pra ela tocando, até eu admirava"..
Acho que foi além.. acabei te idolatrando e colocando você num pedestal intocável que nem mesmo eu poderia tirar.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Eram os deuses astronautas?

Bem vindos terráqueos, seres estranhos são vocês. Com costumes excêntricos, decisões incertas e palavras desgastadas.Vocês tem um jeito confuso e atônito de sentir.
E devo me incluir nisso, doravante prossigo sem fazer mais ressalvas.
Vocês... digo, nós temos peculiaridades que nos tornam únicos, contudo, não por isso especiais ao ponto de sermos incomparáveis e supremos, mas sim únicos como essência.
Queria poder descrever o que sentimos... Mas no fundo, lá no fundo, a descrição física não importa. Pois me tiraria a exclusividade de tal sentimento, já que poderia ser confundido com tantos outros. Por mais que queira cessar minha curiosidade de saber se sou ou não capaz de o fazer, descrever o que sinto não me revelará nada, ou pelo menos nada do esperado.
Todavia, se me permitirem, gostaria de escrever sobre o por que sentimos. Numa tentativa nada positivista e provavelmente falha. Portanto, desculpo-me já pela possível decepção.
Por que sentimos? Por que não poderíamos simplesmente viver de significações? Ou por que temos que subjetivizar e dar um sentido a tudo? O que significa sentir? Para que serve?
Não busco uma resposta harmônica, aliás, mal sei dizer se chegarei a uma, de fato.
Talvez sentir seja a demonstração de pensamentos e vontades. Talvez seja a forma de expor arquivos estocados na memória. Ou ainda, sentir poderia ser aquilo que nos transformou em humanos. Uma tentativa, quiçá, de nos diferenciar.
E se os sentimentos forem iguais? Posso dizer que sinto uma ansiedade profunda quando converso com um certo alguém, que me coração dispara, sinto-me, de certo modo, desafiada, como se precisasse dizer algo que a palavra sempre me foge, fazendo-me quase dizer. Ou ainda, posso dizer que sinto ansiedade, que me coração acelera e fico sem ter o que dizer. No primeiro caso, diria ser um sentimento novo e lindo. No segundo, algo estritamente velho e rancoroso.
A descrição foi a mesma, mas... Os sentimentos são tão diferentes, não são? Se me perguntar, então, para que sinto o primeiro? Diria que é para me sentir bem... Bem... esse "bem" me parece tão vago e mal detalhado. Mas ainda na linha de raciocínio, de que me adianta detalhar o "bem", se sua descrição somente se oporá a seu extremo pelo objeto-alvo?
Talvez deva me perguntar por que quero me sentir bem, para que me sentir bem... A questão é que não sei, não sei porque as pessoas procuram pela felicidade, se tampouco sabem o que ela significa. A felicidade parece ter um sentido, contudo não possui um significado.
O fato é que quando procuramos essa sensação boa, raramente pensamos nela. E é então que finalmente exerce sua função em ser "boa", quando não pensamos nela mas a praticamos. Estou escrevendo agora, no entanto, em momento nenhum [até agora] pensei no teclado, nas letras, no meu dedo apertando contra às teclas afim de construir uma palavra clara e objetiva. Mas se pensarmos, é agora em que tal instrumento se faz presente e apresenta sua maior descrição possível. O teclado não é algo preto, com letras e pequenos botões com símbolos gravados em cima... Não, um teclado é a possibilidade de escrever algo de que há necessidade de se falar. Algo que permite uma comunicação não direta e muito expressiva [quando tratada a finco].
E por que mesmo precisamos transmitir algo?
Não sei...
Sei que gosto de pensar na ideia de me sentir bem, gosto mais ainda de saber o que[m] me faz sentir assim...
E já que não entendem de "fisolofia" terráqueos, aqui está um pouco para vós. Agora devo me ausentar novamente e voltar para a minha galáxia, já que não sabeis de onde vem quem vos fala...