terça-feira, 27 de dezembro de 2011

You have broken me, all the way down

Mas a verdade é que todos sofrem de amor, uns mais, outros menos, alguns perdem quase três anos de suas vidas (como eu) tentando insaciavelmente conseguir conquistar quem se ama.
"mas de fato logo ela, tão coitada, tão singela, cativara o forasteiro. O guerreiro tão vistoso, tão temido e poderoso, era dela prisioneiro"
Podem me dizer que não valeu a pena e poderia até concordar, se não fosse pelo simples e único fato de ter vivido momentos felizes, pelos quais não abriria mão, nunca. Tá, lógico, estou aqui contando uma história de sofrimento, então, obviamente, os momentos bons são superados pelos ruins, mas mesmo assim..
Seria tudo mais fácil se tivesse dado certo, mais bonito, poderia dizer que fui feliz... Não sei.. Seria diferente. Garanto que te pouparia de algumas crises minhas.. Ou de pseudo brigas.. Ah sim, isso nós fazíamos quase todo dia: pequenas e imprestáveis brigas, que depois de alguns minutos se minimizavam em assuntos mais proveitosos.
Gostava de ver quartos planejados, de te ligar (mesmo falando contigo no msn), de descobrir musicas do Evans, de ir ao aeroporto, de ouvir você tocar piano (mesmo que pela milésima vez), de... Tudo.. Quase tudo, certamente odiava ouvir você dizer que estava triste porque tinha terminado com uma pessoa x, ou que tinha brigado com seu avô...
Lembro daquele dia que fui dormir na sua casa, e fomos sei lá onde com o teu pai antes.. Eu estava doente e tivemos que acordar 6h para eu tomar remédio, dai você tirou uma garrafa d'água de dentro do guarda roupa e tinha bolacha também, e eu perguntei por que você tinha isso no quarto, você respondeu: " às vezes eu não quero sair do quarto, dai deixo comida aqui"... Achei engraçado...
Hahahaha
Lembro de um dia.. Logo no começo, você tinha ido para um congresso de yoga, coisa assim... Ia cantar na abertura e eu te liguei pra ver se já tinha chego e talz.. Eu estava em Maringá, andando de bicicleta comeu primo.. E você disse: "sabia que você ia ligar.."
Eu quase "morri" ao ouvir isso, literalmente, fiquei tão idiota que não vi que parei no meio da rua, e um carro vinha vindo, meu primo meio que gritou, dai eu saí.. Hahahahaha
Mas deixemos as lembranças boas de lado, por um instante.. Lembro de quando você me deixou sozinha no shopping, de quando fui na clave antes de ir para o medico e você simplesmente fingiu que eu não estava ali (digamos que fez isso varias vexes), de quando.. Quando brigamos em janeiro do ano passado e você me chamou de "auto comiserável", lembro de ter dado risada do termo...
Pois é... Diga-me pequena, o que devo fazer com essas lembranças? Esquecer todas? Deixar de lado?
O fato é que desta vez não tenho um plano, não arquitetei nada, por pura incapacidade de fazê-lo. Você me fez esgotar o estoque de criatividade para sair ilesa de uma situação, fez-me desacreditar que planos podem dar certo. Fez também com que eu esperasse cada vez menos (do que já costumava esperar) das pessoas, com que percebesse a conveniência exacerbada e descarada com que agem (um dos motivos para eu odiar conveniências) e, principalmente, fez-me perceber o quão somos vulneráveis e frágeis, quando pensamos ser fortes e inatingíveis.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Papel rasgado.

Quero-te aqui comigo, agora e sempre. Mas não posso, não posso e não vou. Nunca. E o resto? É como se não existisse, ou como se eu fizesse não existir.
Quero-te por inteiro, tudo. Defeitos, virtudes, erros, acertos, choros, risos, tudo. Doce ilusão, não? Tenho que te esquecer, seguir em frente, virar a pagina, use a expressão que lhe for mais conveniente..
Devo admitir a dificuldade, qualquer coisa me lembra você, chega a ser ridículo e sofrido... Porém, tenho que me valorizar por ter rasgado tudo ontem... Mesmo sozinha, em silêncio (que era um barulho infernal dentro de mim, ecoava e ficava mais alto), engolindo seco... Rasguei tudo e não deixei que uma sequer lagrima caísse...
Queria que só isso fosse suficiente para te esquecer e voltar a viver, ser alguém normal (dentro do meu padrão de normalidade)... Só que não é, né?
Não é o bastante, tenho que te tirar da cabeça.. E essa é a parte difícil...
O que me dói é pensar que sei do meu arrependimento, saber da saudade que sentirei, da angustia que será... Mas conhecemos Shakespeare e sabemos o que ele diria... Chico tambem, né?

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Heterônimos, parte II

Como prometido, fuck it.
Aquela garrafa de tequila terminou lá pro meio da festa, mas o controle permanecia intacto. Não que quisesse fazer algo, só não teria problema algum se acontecesse. As falas passavam em branco, apenas uma "coisa" a chamava a atenção.

Tinha decidido ir, deveria arcar com as consequências.
- Quer ir fazer caipirinha? - ouviu de fundo, uma voz distante.
- Eu?
- Aham.
- Tá. - Disse sem muita opção de resposta, mais aérea impossível.
Estava na pia cortando os limões, cortou quatro, virou para o lado para pegar a vodka e o açúcar e encontrou algo a mais.
- Caipirinha?
- É o que parece, não?
- Quer ajuda?
- Não, obrigada.
Ficaram em silêncio por alguns segundos.
- Que que aconteceu meu?
[o que você acha que aconteceu? ¬¬], pensou
- Nada, por quê?
- Porque você está um cu.
- Desculpa. Dá licença, preciso pegar uma colher.
Entregou a colher com uma expressão de ódio e saiu dizendo:
- Você gosta de estragar tudo, não?
Aquilo fora uma tremenda provocação, [eu? eu gosto de estragar tudo?]foi atras e disse:
- Engraçado, não sou eu quem está com alguém. Não sou eu quem gosta de provocar, sabendo que não é "certo".. Sim.. sou eu quem estrago tudo! Claro, por que não?
- Pára..
- Não sou eu quem..
- PÁRA!- ergueu a voz, numa atitude desesperada
- Ahn.. ok!- ia se virando, quando ouviu a insistência.
- Me desculpa, eu só não podia ficar esperando..
- Quê?
- Ficar sofrendo, esperando você se decidir.
- Eu me decidir?
- É. Você não se decidia, se queria ou não ficar comigo, se gostava mesmo de mim...
- Realmente, a culpa é minha.
- Não é isso que estou dizendo..
Não esperou o fim da conversa, voltou para a pia, terminou a caipirinha, pegou a garrafa de vodka num ato atordoado, deixou a coqueteleira em cima da mesa, com um copo do lado e foi andando, dirigindo-se ao portão.
A tequila não tinha sido suficiente para cair no esquecimento profundo. Recorreu à linda, quase cheia, garrafa de vodka.
- Onde você tá indo mano?
- Me deixa? Por favor?
- Pára de ser idiota.
[idiota, eu? claro]não respondeu e continuou andando. Abriu o portão e saiu. Sentou do outro lado da rua, encostada no muro. Ouviu o barulho do portão abrindo.
- Volta pra dentro vai...
- Não.
- Mano..
- Você me tira do sério, sabia? Me desconcentra, sei lá... Custa se comportar e ficar de boa?
- Já pedi desculpa.
- É, como se realmente quisesse ser desculpada.
- Talvez eu não queira- disse se aproximando.
- Pára..
- Talvez eu tenha provocado de propósito...
- Não faz isso, eu falei que não..
- Falou que não o quê?
- Que não ia fazer nada, então pára, por favor.
- Não quero.
Aquela foi a "pior" [melhor] resposta que poderia ouvir.
O inevitável aconteceu.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Heterônimos ;x

A casa estava vazia, embora ela estivesse lá dentro, não servia para completá-la. Na verdade, estar ou não lá não fazia diferença. O quarto estava uma bagunça, as coisas se descolocavam da cama para o chão e do chão para a cama. A sala, hm.. a sala ainda era habitável, mas nostálgica. A cozinha estava repleta de pensamentos deprimentes e solitários.
Ela olhava àquelas embalagens vazias e pensava que tinham mais coisa a oferecer do que seus olhares medíocres.
Andava vaga de um lado para o outro, como se esperasse que algo acontecesse. Era em vão e sabia disso. Sofria e agonizava em silêncio, preferia deitar na cama e se cobrir com um enorme cobertor a sentar na claridade e ver que existe. Era mais fácil se esconder...
Ainda deitada, levava aos mãos na cabeça de modo a puxar o cabelo para trás, num ato de arrependimento ou frustração.. dizia baixinho "fuck it" e suspirava. Não dava mais para aguentar, doía tanto pensar que... Não se permitiu terminar o pensamento... Levantou da cama e fora para o banho.
Arrumou-se, pegou o mochila e saiu. Tinha uma festa para ir, ela não queria, mas como disse..
"fuck it, i'll learn how to be a sarcastic bitch to make you go away"
Ela também sabia que não adiantaria.. mas precisava fazer alguma coisa, qualquer coisa. Foi descendo a rua, acendeu um cigarro, atravessou a avenida e continuou andando... Chegou onde devia, mas não conseguia entrar. Sentou na calçada, encostou no muro, pegou outro cigarro.
- Ei, que que você tá fazendo aí?
Ouviu alguém dizer.. não se importou em olhar para trás
- Já vou. - disse seca e ainda indiferente.
- Mas você..
- Disse que já vou!- interrompeu sem muita paciência, deixou o cigarro pela metade, levantou irritada e se virou.. Droga! - Ah.. desculpa, eu.. eu não... - hesitava em tentar se explicar- não vi que era você.
- Tudo bem, parece que não está de bom humor...
- Alguma vez já estive? - perguntou irônica.
- É.. já... - as reticências da fala diziam algo implicitamente provocativo.
Ela apenas sorriu e entrou. Estava com uma garrafa de tequila na mão, acompanhada de uma ansiedade típica. Abriu a garrafa e começou a tomar.
- Vai com calma aí- dizia rindo.
- Should I? - respondeu como se levasse o lema realmente a sério.
- Talvez.
- Talvez? - perguntou curiosa.
- É... quem sabe não é a hora de ficar realmente bêbada...
- Seria bom, não?
- hm... - levantou uma sobrancelha de modo a intrigar e contorcia a boca.
- Poderia não lembrar de nada... - continuava com a curiosidade.
- Ah é? E qual a diversão nisso?
- Exatamente. - respondeu sarcástica.
As respostas eram provocativas, tudo o que estava lá significava algo além... Mas ela não faria nada...
Ou faria?

domingo, 4 de dezembro de 2011

damn it ¬¬'

Estou com um problema, acho que eu gosto de uma pessoa...
Tipo, acho que gosto mesmo..
Mas [o problema é que] deveria ter gostado antes... Porque agora é um pouco tarde.
E fico pensando: "sou a pessoa mais idiota do mundo"... De certa forma nunca me permito gostar de ninguem mais do que devia, com o otimismo escroto de que algum dia dará certo com a outra pessoa.. O que é bem ridículo... Às vezes acho que nem a amo mais, mas estou acostumada com o sentimento.. saca?

Mas enfim, agora é tarde demais, ela seguiu em frente.. E eu, possivelmente, tenho que fazer o mesmo, parar de criar planos, de encher o saco...
Tá certo, vou deixar... let it go.. 'cause i was too fucking coward, i was so scared, you know? Scared of get really hurt, terrified of pain... then i try to avoid, and it works.. works so well that you've moved on..

Parabéns Marília, estragou tudo, d-e n-o-v-o ¬¬

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

I made no answer :/

I just need someone, anyone... I wanna love someone who loves me back, is this ask too much ?
I wanna share this sadness, fill this blank.. I donno, just feel something good for a while... I do need stop feeling hurt, angry and lonely...
And I'm so hurt right now.. I've been wondering, what can I do? But I made no answer, I'm so empty that only say it is not enough..
But I made no answer