domingo, 25 de dezembro de 2011

Papel rasgado.

Quero-te aqui comigo, agora e sempre. Mas não posso, não posso e não vou. Nunca. E o resto? É como se não existisse, ou como se eu fizesse não existir.
Quero-te por inteiro, tudo. Defeitos, virtudes, erros, acertos, choros, risos, tudo. Doce ilusão, não? Tenho que te esquecer, seguir em frente, virar a pagina, use a expressão que lhe for mais conveniente..
Devo admitir a dificuldade, qualquer coisa me lembra você, chega a ser ridículo e sofrido... Porém, tenho que me valorizar por ter rasgado tudo ontem... Mesmo sozinha, em silêncio (que era um barulho infernal dentro de mim, ecoava e ficava mais alto), engolindo seco... Rasguei tudo e não deixei que uma sequer lagrima caísse...
Queria que só isso fosse suficiente para te esquecer e voltar a viver, ser alguém normal (dentro do meu padrão de normalidade)... Só que não é, né?
Não é o bastante, tenho que te tirar da cabeça.. E essa é a parte difícil...
O que me dói é pensar que sei do meu arrependimento, saber da saudade que sentirei, da angustia que será... Mas conhecemos Shakespeare e sabemos o que ele diria... Chico tambem, né?

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