Conversa ... inexistente!

Ah... não faço ideia do que acontece com as pessoas, com todas elas (incluindo-me). Cada dia estão de um jeito completamente diferente do dia anterior, reagem diferente a mesma situação em dias diferentes, ou te ignoram totalmente sendo que horas atrás tinha acabado de falar contigo!

Estranho? Nem um pouco. Compreensível? Literalmente. Mesmo não sabendo porque agimos assim, sei que fazemos isso porque não estamos de bom humor todos os dias, assim como não estamos mau-humorados todo o tempo. Mas o problema é perceber que esta pessoa mudou, e você não se adaptou a mudança. A conversa fica sem nexo, sem propósito, sem conteúdo.

" O problema das relações entre os homens com os outros homens, é que enquanto um fala palavras com sentidos lógicos (ou não) o outro fala blablablá". Impossivél entrarmos numa harmonia assim.

Por que então inventamos a fala? Sim, para nos comunicarmos, mas como será possivél, se cada vez mais nos complicamos na própria comunicação?

Não digo que é impossível conversar com alguém, mas cada dia mais difícil, nos trancamos cada vez nas nossas idéias e não abrimos exceções, não ouvimos opiniões distintas. Quando queremos conversar, ser ouvido ou ser o ouvinte, não podemos, essas situações se tornaram raras!

Imagine-se há uns anos atrás, quando realmente acreditava nas pessoas, era tão fácil falar com elas, tão simples e prático. Nunca que iriamos imaginar tudo que aconteceria depois, não pensavamos nisso, pensavamos apenas naquela exata hora, naquele momento, e o apreciavamos como se fosse o último, sem abstrair nada, só a amizade.

Não é uma questão de ingênuidade, nem de confiar demais em alguém. Era pelo simples prazer de conversar, de saber que pode contar com alguém, de saber que alguém conta contigo!
É tão estranho ver isso agora, quando vemos duas pessoas conversando, sempre conversam sobre coisas alheias, aquelas boas conversas, que te acrescenta algo, deixaram de existir. Ninguém se preocupa mais com informações? ...

Os amigos, conversam, sim, muito até. Mas sobre o que? Sobre aquilo que todos estão falando, nada novo, só comum. É lógico que podemos conversar disso, sem nenhum problema, mas a parte mais importante das relações sociais deixamos de lado, os outros assunto, os importantes de fato, viraram inuteis!

Sinto falta de conversar com alguém, de conversar de verdade, saber que essa pesso não estará rindo de mim, ou falando depois pelas costas, não, nada disso. Ela apenas estará lá... conversando!

Título indefinido

Mesmo quando tudo parece estar dando certo, mesmo você acreditando que está realmente funcionando o que planejou, tem coisas que não podemos controlar, fatos que não podemos ignorar e fingir que não existem.

Assim como há pessoas que não conseguimos e nem queremos esquecer, tem problemas que não conseguimos contornar nem resolver. Percebi que podemos tentar de tudo para que algo dê realmente certo, mas não é totalmente certeza de que dará, alguns impaces nesse longo caminho ou um simples fator pode estragar tudo. A necessidade de ter esse alguém, faz-me perder o controle de outras coisas, faz com que não imagine diferentes situações, apenas a que quero.

Por mais que insista, que teime, que faça tudo que estiver ao meu alcance, não posso garantir que funcionará, não posso pensar que acontecerá o que quero. Porque simplesmente não vai. Falta uma parte, cujo controle dessa eu não tenho.

É frustante saber que não pode querer o que quer. É frustante ver que a vida não é como imaginava que era, perceber que as pessoas nem sempre vão fazer o que você quer que façam. Então o que tens que fazer? Contentar-se em ser apenas amiga desta pessoa, mesmo que isso te mate por dentro, pelo menos a terá por perto, ou pode ser um pouco mais que amiga, mais que isso: impossível.

Isso me faz cada vez mais querer voltar para o meu mundinho, faz-me querer me esconder de novo, montar mais uma barreira. Mas não posso, jurei que não o faria, tenho que pela primeira vez cumprir de fato o que prometi. Não sei ao certo se já cai, mas caso isso tenha acontecido, preciso levantar, esfriar a cabeça e recomeçar.

Não é fácil, mas é o certo, se assim posso dizer.