segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Eu não gosto do bom gosto"

Às vezes fico pensando...
O ser humano é miserável e insignificante...

Costumava pensar que deveriamos lutar contra essa limitação, mas qual é o grande resultado?
Nenhum.
Por mais que tente, não conseguirá. Por mais que se esforce, não mudará nada.
Podem julgar-me egoísta e não direi que seria um crime. Pois confesso ser.

Podem até ousar, e gritarem que sou insensível... Ainda sim, concordarei.
Sádica, irônica, sarcástica, cética, desconfiada... escolha o que quiser...

Mas, se me permitirem, gostaria de explicar por que assim estou.
Não que as coisas tenham perdido o sentido, pois nunca tiveram...
Contudo, não estão do jeito que deveriam. Não gosto disso.
O fato de acontecer o que acontece, perturba-me... E, na tentativa de excluir tal perturbação, acabei me excluindo, por perceber que não seria capaz de mudar nada.

Sempre disse que odiava pessoas. Entretanto, antes, era um ódio superficial e movido pelo agente: dificuldade. Agora não! Ah... [Acho que preferia a insensatez e a ilusão à realidade.]
Agora não! Odeio pessoas não só pela dificuldade do relacionamento, mas tambem, porque este, tornou-se inútil a medida que ninguém mais se importa.

E, sejamos capitalistas [ops, quis dizer, sinceros], quando algo perde a função, 'praticamente' deixa de existir.
Quando a futilidade se torna o meio conviniente, não há espaço para a socialização. Então, para que tentar?!

Não é falta de esperança, porque mesmo esta é relativa. Você nasce, cresce, "vive" e morre. Isso é fato. Ter esperança em que? Para quê?
Pode me dizer que tem esperança no seu futuro... Eu, olhar-te-ei com um sorriso sarcástico e te direi boa sorte.
Tambem não é falta de sonhos... Porque destes, estou cheia.

É apenas a compreenção da minha limitação, a rendição ao meu ser atônito. Não digamos que seja uma desistência... e sim, uma [prévia] vontade adormecida.

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