domingo, 12 de setembro de 2010

.... [sl..]

[Andei pensando em algo que não posso viver sem...
Logo me veio a palavra: você. Mas pensei melhor, cheguei a conclusão que um dia terei de me acostumar a viver sem você.
Então pensei, música e escrever!
E se tivesse que escolher? Não posso.
Arrumei então um jeito de combinar os dois...]

É insano e ao mesmo tempo desesperador. Tens que sentir o movimento que sinto ao escrever, tens que respirar onde coloco exatamente cada vírgula e cada ponto e pensar que não terá mais fôlego! Sim! Grites quando eu GRITO.
Tens que sentir o desespero e a agonia que sinto quando não paro Afogar-se sem o direito de estar na água e correr sem estar no chão.
Agora respire, sente-se. Entenda a calmaria que me encontro, porém veja o incontrolável desejo de querer desejar algo que não posso.
Percebe a confusão que fico e finja como eu, que estás tranquila e certa.
Corra, não pare, ande, não olhe, apeas faça o que lhe peço, não caia, se o fizer, levante, continue, vá e se quiser pensar, que o faça adiante.

Chega ser delirante, não ter ponto tampouco vertente. Se quiseres parar, diga-me agora. Caso contrário, terás que prosseguir. Fica tudo mais complicado, passa a ser insustentável. Preciso de mais, escuta.
Escute o que tento te mostrar, é a euforia mais árdua e a dor mais impetuosa. Veja o que te faço ouvir. Não confunda-se, os sentidos são diferentes, mas devem ir para o mesmo lugar.
É como se você estivesse no último suspiro, e precisasse dizer tudo o que não disse a vida toda. Não terás tempo de respirar... Fale fale fale fale fale fale fale grite. Olhe para cima.
E então acaba. A música ficou calma, note a parte de redenção, a parte que te faz chorar...

Escute os sons do violino, clamando para sem entendido, ou talvez, simplesmente, notado. Sinta a agonia de quem toca e a solidão de quem escuta. E de repente, aos fundos, provavelmente ainda fora do palco, um piano acompanhado de um baixo acústico, tocam em perfeita harmonia... O violino, aos poucos, torna-se feliz...
Os metais começam a percussão volta com um tom de libertade e esperança.
Você acorda, olha para baixo de novo, pensa que já foi... E alguns segundos depois, dá-se conta que ainda está aqui. Levanta cuidadosamente, ao som dos metais combinado com um única caixa, coloca os pés no chão. Anda com toda a orquestra.
Quando olhares para tras, verá a música terminando, e o violino volta. Gritando, implorando para voltar, apreciar o final.

Ah.. o final... Mas.. você não poderá ouvir o final, pois ele está longe de chegar...

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