sábado, 3 de abril de 2010

Feliz de quem é e não sabe.

Às vezes eu me sinto assim. Como essa joaninha. Sozinha.
Porém, esse bichinho tem asas, e pode voar sempre que quiser, ir embora e de certa forma esquecer de todos os lugares anteriores.

Mas eu não posso fazer isso. [sim, já tentei várias e várias vezes sair 'voando', e em todas elas, sempre tinha alguem dizendo: não].

Queria poder sair e ir embora. Não importaria como, nem para onde, desde que eu fosse e as lembranças ficassem.
Assim como a joaninha voa e a folha fica.
E quando estivesse pronta, voltaria.

Ahh, quanta ilusão.
É, ilusão, isso é uma coisa que aprendi a gostar com o tempo. Por mais que sofra por estar ou ser iludida, o sofrimento da desilusão é pior.
É frio, feio, triste, sem esperança.
Seria como olhar para os olhinhos de uma criança no natal, ao ver aquele brinquedo e saber que nunca poderá tê-lo. Eles começam a lacrimejar em silêncio e lentamente uma única e simples gota cai.
A criança se vira, vai andando com a cabeça baixa. Com frio, tremendo. E finalmente chega em casa, mas percebe que seria melhor ter continuado lá fora, no frio e sozinha.

Estar desiludida é quase assim. Talvez um pouco pior.

Quis tanto ser uma ilha, que agora que sou, praticamente imploro para você voltar e me tirar de onde me coloquei.

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