domingo, 14 de março de 2010

Conte até 20 e respire no 10!

Um vazio inerente. Uma solidão nefasta. Talvez um sentimento incrédulo para quem não o sente.

Um aedo contaria essa estória com seu jeito heróico de encenar e faria com que todos acreditassem que assim era de fato. Um menestrel cantaria em seus versos redondilhos uma lírica de amigo, ainda sim, faria com que todos acreditassem que assim era de fato. Um poeta apenas sonharia, escreveria em versos livres o que pensara no momento, mas não deixava de ser menor que os outros.
Um sábio diria que...

Esse poderia não dizer. Não por não saber, ou por não entender... Mas a sua melhor resposta seria: um vazio inerente. Uma solidão nefasta. Talvez um sentimento incrédulo para que não o sente.

Enquanto todos tentam utilizar-se de um eufemismo barato, o sábio simplesmente colocaria os fatos e diria algo que poderia não entender no primeiro momento e que depois, continuaria não entendendo.

Oras, se não entenderás, por que então ele falou? Às vezes as coisas não devem ser entendidas... Tampouco compreendidas, devem ser instantaneamente vividas, feitas e sentidas.
Deixa o trabalho triste e cruel de entender, para eles, os sábios, que depois lhe dizem o que entenderam.

Entender, explicar, descrever a saudade, é a tentativa frustrada que todos fazem.
[para mim] Muito mais que o amor, porque para saber da saudade, tem que saber do amor e de tudo mais em volta.

Mas quem liga? Sou apenas alguém entre milhões que sofrem com isso, e sou aquela que não entendo, não ajo como entendesse e tambem não façam o que falam para fazer.
Por que?
Não sei.

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