sábado, 2 de janeiro de 2010

Silêncio

Silêncio... Soa como música para os meus ouvidos , deveria ser prezado por todos!

Essa total ausência de algo, faz-me parecer completa e me faz lembrar que existo para mim! Isolo-me totalmente dos outros, sou eu e só! Um instante único, que posso chamar de meu!

A madrugada vem se aproximando e o silêncio acompanhando num rítmo exato, mas ao mesmo tempo incerto...
Essa incerteza, dá-se ao fato de que ele não sabe prosseguir linearmente, tampouco sabe se é ou não!
O silêncio se pergunta sempre se Ausente, é! Nunca obteve sua resposta, porque muitas vezes ele é a própria resposta. Porém, quando se auto responde, ele percebe que pouco é e muito foi, começa assim a autonegação.
Ele nunca lidou de forma plausível com isso, nunca conseguiu... Resolveu continuar simplesmente acompanhando a Madrugada, mas essa é outra que se nega, por ser a escuridão [ausência de luz].

Quando não há mais fôlego que os mantenha, quando não há mais perguntas para serem as respostas...
Eles juntos, matam-se!
A Madrugada deixa de existir e dá espaço ao dia... O Silêncio, por acompanhá-la, deixa que o som propague aos poucos... Ele tenta reagir, tenta soltar aquele grito de socorro, entretanto, dolorosamente, ninguém o escuta.
Mas sempre acabam voltando... É sempre necessario ter a ausência...

E eu? Quando eles se vão, eu também vou.. Durmo até que lentamente abro os olhos, viro-me para a janela e fico a espera...

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